segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Flor do Deserto


Flor do Deserto

Sinopse: Baseado no best-seller Desert Flower, é a autobiografia da modelo somali Waris Dirie, circuncisada aos 5 anos e vendida para casar aos 13. A garota fugiu da Somália e foi para os Estados Unidos, onde se tornou uma modelo mundialmente conhecida, além de embaixadora da ONU no tema. Waris Dirie (Soraya Omar-Scego / Liya Kebede) nasceu em uma família de criadores de gado nômades, na Somália. Aos 13 anos, para fugir de um casamento arranjado, ela atravessou o deserto por dias até chegar em Mogadishu, capital do país. Seus parentes a enviaram para Londres, onde trabalhou como empregada na embaixada da Somália. Ela passa toda a adolescência sem ser alfabetizada. Quando vê a chance de retornar ao país, ela descobre que é ilegal da Somália e não tem mais para onde ir. Com a ajuda de Marylin (Sally Hawkins), uma descontraída vendedora, Waris consegue um abrigo. Ela passa a trabalhar em um restaurante fast food, onde é descoberta pelo famoso fotógrafo Terry Donaldson (Timothy Spall). Através da ambiciosa Lucinda (Juliet Stevenson), sua agente, Waris torna-se modelo. Só que, apesar da vida de sucesso, ela ainda sofre com as lembranças de um segredo de infância.


A denúncia de mutilação genital das mulheres somalis é o grandioso objetivo da obra Flor do Deserto. Através de sua biografia, a modelo africana Waris Dirie, atravessa as fronteiras da Somália e mostra ao mundo o lado grotesco de sua cultura. Waris conta que foi mutilada aos cinco anos de idade, numa espécie de rito de passagem. O relato impactante mostra a crueldade e o preconceito aos quais são submetidas às meninas somalis. Seus clitóris são extirpados com objetos rudimentares, como facas, tesouras e lascas de pedras, sem preocupação com higiene, pondo em risco milhares de vidas. A cultura de seu país atribui à genitália feminina o estigma do mal, por isso toda filha mulher é submetida a ritual de mutilação. A modelo relata sua saga pelo deserto da Somália, fugindo da tirania do pai, cuja mentalidade cultural, permite não só a mutilação, como a escolha do marido para a filha. A menina Garis foge, ainda sangrando para Mogastício a pé, enfrentando animais selvagens e areias escaldantes por 500 km. A provação de Waris é recompensada em parte, fora do seu país e longe das imposições de sua cultura, ela se torna uma modelo conhecida internacionalmente, o que lhe permite denunciar ao mundo a barbárie a que são submetidas às mulheres somalis. Hoje Waris é embaixadora da ONU e responde por assuntos que denunciam a crueldade contra as mulheres de seu país.

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